The Pitt estreou este ano e já é uma das melhores e a mais realista série de médicos feita.
Disparada uma das melhores séries de 2025, se pensar bem pode ser a melhor, até agora.
Uma proximidade com o cotidiano e uma premissa simples, mas com histórias incríveis com camadas e mais camadas de personagens, situações, sentimentos e decisões que, ao somar tudo, torna essa série um diamante.

Nesse mar infinito de séries, filmes, conteúdos em geral, genéricos, The Pitt é um bote salva vidas, um alívio para quem sentia falta de uma excelente série.
Como disse a premissa é simples, a trama acompanha a rotina de profissionais da área da saúde que trabalham no departamento de emergência de um hospital de Pittsburgh. Mais precisamente acompanha um dia de trabalho. Cada episódio é 1 hora do expediente. O 1° episódio é de 07h às 08h e assim sucessivamente. Acompanhamos o plantão do Dr. Robinavitch, ou Robby, e esse expediente é uma das coisas mais impressionantes que já vi.

Puro caos, adrenalina, ansiedade.
Se você tem ansiedade, fica o aviso, pega leve, não vai maratonar como eu porque é ansiedade no máximo.
Além do Dr. Robby, que é o responsável pelo departamento de emergência, acompanhou toda sua equipe, além dos 3 residentes novatos que chegaram para fazer parte da equipe. Com uma dinâmica muito interessante entre eles, acompanhamos suas personalidades, dinâmicas, conflitos, conhecemos os personagens a ponto de se conectar e se importar com eles. Mérito do roteiro.

Inclusive, os pontos fortes da série são esses: roteiro e atuações, na parte técnica, os efeitos práticos e as maquiagem são incríveis.
E isso deixa tudo mais imersivo, pois a sensação que fica é que estamos acompanhando em tempo real aquilo tudo, também por esse fator, é a série mais realista já produzida do gênero. Toda equipe dessa parte técnica está de parabéns porque fizeram um trabalho fantástico.

Como os episódios, literalmente, são em sequência, pois cada episódio é 1 hora do plantão, tudo fica bem fluido e fácil de acompanhar, apesar de algumas histórias simultâneas, não fica confuso.
Dr. Robby tem o pior plantão possível, eu imagino. Várias perdas, lidar com um tragédia em larga escala, além das situações do cotidiano como atendimentos mais simples, além de lidar com suas emoções, ansiedade e segurar a barra porque aquele lugar depende dele. Ele é um cara que ainda revive fortemente o luto pela perda do seu mentor, este faleceu durante a covid no próprio hospital. Então, são muitas emoções e situações para o Robby administrar.

E são muitas coisas. Tentar salvar pessoas e não conseguir, lidar com seus “fracassos”, embora não seja, mas é como ele vê pois é uma vida que perdeu, a forma como ele é o alicerce daquele plantão e de toda sua equipe, além de ensinar aos residentes novos, falar com as famílias das pessoas que faleceram, ser a pessoa que dá a notícia e ao mesmo tempo tenta dar um apoio, é muito.
Pois como ele mesmo ensina aos outros, é preciso saber lidar com as pessoas, dar ouvidos e dar a devida importância a cada um que é atendido. Não à toa, no final do dia, depois de todo aquele caos, perda, tragédia, ansiedade, ele não aguenta, ele quebra.

E quando isso acontece, Noah Wyle dá um show. Que atuação dele durante toda a temporada. Como protagonista, fez muito bem seu papel e dá conta do recado. Além dele, todo elenco de suporte também vai muito bem, todos ganham bastante destaque e relevância, isso é muito bom porque mostra que, independente da sua função, no fim, todos são iguais no nível de contribuição para o lugar.
The Pitt dá um banho em como trabalhar e desenvolver personagens, além do ótimo acerto na escalação dos atores que entregam e dão conta do recado.

Uma das melhores surpresas do ano, certamente já é, assim deve se manter, uma das melhores séries de 2025.
Se ainda não viu, veja The Pitt.

A 2° temporada de The Pitt já foi confirmada para o início de 2026 e irá se passar 10 meses após os eventos da 1° temporada durante o feriado de 4 de julho.